Os melhores filmes de 2016 até agora
Eu sei que o normal é publicar estas listas no meio do ano, e essa era a minha intenção, até que vi que não tinha visto filmes o suficiente, especialmente os recomendados. Leio elogios demasiado de entusiastas e ao contrário, quando o certo é que o bom cinema está escasso, como todos os anos. Há que ir mais além do que vende Hollywood (ou as cadeias de televisão).
Eu gosto de pensar que esses artigos podem ser úteis; alertar o leitor para que recupere estreias que talvez não tenha prestado atenção, ou lhe geravam dúvidas. Além disso, é uma excelente desculpa para iniciar um debate sobre a safra cinematográfica deste ano, a qual apenas restam três meses para acabar. Assim que a partir de julho eu vi mais filmes e menos séries (eu recomendo a fabulosa ‘The Night Of’). Eu acho que, a essas alturas, já passaram por minhas retinas todas as novidades mais importantes, as mais exitosas e as mais votadas por crítica e público, bem como os trabalhos que estão causando divisão de opiniões.
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Steve Jobs (Danny Boyle)
As inseguranças de Michael Fassbender quase nos privam neste divertido e emocionante relato sobre a ambição de um homem, que se destaca pelo roteiro de Aaron Sorkin. Se sobressae em cena o coadjuvante, surpreendente papel de Seth Rogen.
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Anomalisa (Charlie Kaufman e Duke Johnson)
O cinema como expressão das misérias e os demônios internos do artista, tem na animação, uma perfeita aliada. Melancólica e pessoal, tira partido do stop-motion e a imaginação de Kaufman.
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Spotlight (Thomas McCarthy)
O vencedor da última edição do Oscar, é um filme impecável, recupera essas ótimas tramas de investigação jornalística, com o acréscimo de contar uma terrível história real que ainda hoje continua sendo ignorada por muita gente. Cinema necessário.
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Carol (Todd Haynes)
Irresistível proposta romântica, um deleite para os sentidos. Duas atrizes em estado de graça, um diretor com gosto, uma factura impecável… o único problema é que existe Wong Kar-Wai.